O presidente Donald Trump desembarcou nesta sexta-feira no centro do Texas, aterrorizado por enchentes históricas que já deixaram pelo menos 120 mortos e mais de 170 desaparecidos. Ao lado da primeira-dama Melania, Trump percorreu a região de Hill Country, onde o rio Guadalupe subiu quase nove metros durante o feriadão de 4 de julho, causando estragos devastadores.
Chuvas torrenciais resultaram em inundações rápidas e severas, atingindo duramente cidades como Kerr County, onde foram confirmadas 96 mortes, incluindo 36 crianças. Esta tragédia é comparada à pior enchente do estado desde 1987. Em entrevista à NBC, Trump admitiu a necessidade de reforçar o sistema de alertas contra enchentes, mas defendeu o trabalho das autoridades locais mesmo diante das fortes críticas ao governo federal.
O repúdio à administração Trump ganha força pelas propostas controversas de extinguir a FEMA e pelos bilhões congelados que poderiam melhorar a infraestrutura de prevenção de desastres no Texas — onde mais de 54 bilhões de dólares esperam liberação para projetos vitais. Além disso, reportagens locais expõem falhas graves no envio dos alertas de emergência, que demoraram até seis horas para chegar a moradores, agravando a tragédia.
Com buscas que já duram sete dias, mais de 2.000 socorristas buscam sobreviventes no local, embora as chances sejam mínimas. Enquanto isso, o Serviço Nacional de Meteorologia está sob fogo cruzado, acusado de perder eficiência após cortes na verba federal, o que teria prejudicado previsões importantes. A crise no Texas reacende o debate sobre o papel do governo na prevenção e resposta a desastres naturais.