Após provocar uma onda de rumores sobre sua prisão na Itália, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) quebrou o silêncio nesta segunda-feira (29) para negar categoricamente que tenha sido presa. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, a parlamentar esclareceu que se entregou voluntariamente às autoridades italianas, cumprindo o protocolo legal diante do pedido de extradição do governo brasileiro.
"Não houve prisão. Eu me apresentei voluntariamente à Justiça italiana para exercer meu direito de defesa e esclarecer os fatos", afirmou Zambelli, desmentindo a versão inicial divulgada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que havia informado a prisão da deputada. Ela garantiu que jamais foi detida à força ou considerada presa no território italiano.
O episódio tem origem na ação do Ministério da Justiça, liderado pelo governo Lula, que solicitou oficialmente a extradição da parlamentar. Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos e oito meses de prisão por seu envolvimento na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com a decisão, teve o mandato cassado e passou a ser considerada foragida no Brasil.
O endereço da deputada na Itália foi informado às autoridades pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que declarou ter cooperado com a polícia local. Apesar de toda a polêmica, Carla Zambelli reafirmou sua inocência e acusa perseguição política: "Não cometi crime algum. Estou sendo perseguida por um sistema que ignora a Constituição e calunia opositores. Busco justiça e transparência."