No tabuleiro político fervilhante de Feira de Santana, um nome salta aos olhos: Zé Chico. Mesmo sem ocupar atualmente um cargo público, ele se firma como o maior patrimônio político do grupo comandado por José Ronaldo, figura que domina a cidade há quase 30 anos com mão firme e estratégia aguçada.

Com duas campanhas para a Câmara Federal, Zé Chico impressionou as urnas em 2014 com 55.170 votos, e repetiu a força em 2022, angariando 44.773 votos, sendo 34.540 somente em Feira de Santana – um reduto eleitoral que o fortalece como gigante local e força a ser reconhecida.

Mas Zé Chico não é só números: ele é a peça mais confiável de José Ronaldo. Em 2024, Ronaldo deixou clara sua lealdade com uma declaração poderosa: assinaria um “papel em branco” por ele. Apesar de não tê-lo escolhido como vice na chapa, uma decisão alinhada a coligações políticas com Colbert Martins e ACM Neto, ficou cristalina a verdadeira prioridade no ronaldismo.

Enquanto Pablo Roberto assumia a vice-prefeitura e secretarias, e Colbert Martins voltava a Salvador, Zé Chico se posiciona naturalmente como o candidato do grupo para a Câmara dos Deputados em 2026. Continuar a ignorá-lo seria um erro fatal para o ronaldismo, que sabe como ninguém articular e se reinventar para preservar seu poder. O cenário está montado e o jogo político, a todo vapor.